De quem é a responsabilidade?

Quem são os responsáveis pelos problemas que estamos enfrentando no Brasil? Essa é uma pergunta que todos nós fazemos frequentemente. Achamos que a culpa é dos políticos, dos gestores públicos, dos membros do Congresso e do Judiciário. E, de fato, eles têm sua parcela de responsabilidade, pois deveriam exercer seus cargos com honradez, honestidade e dedicação, o que nem sempre acontece. Contudo, não podemos esquecer que todos foram eleitos por nós, de maneira direta ou indireta. Vivemos em um país com uma legislação complexa e pouco eficiente, com mais de 180 mil leis, enquanto em outros países esse número não passa de 50 mil. Muitas de nossas leis são bizarras, desconhecidas ou servem apenas para enriquecer o currículo do político que as propôs.

Nossa Constituição, com apenas 33 anos, já sofreu 109 alterações, enquanto a americana teve apenas 27 em mais de 230 anos. O Brasil é recordista mundial em leis publicadas, e com toda essa confusão jurídica, não é à toa que nosso país é visto como um dos que menos consegue cumprir as leis. A insatisfação do povo em relação às incertezas que vivemos é evidente. Não podemos esquecer que temos o poder de mudar essa situação utilizando o voto de maneira responsável. É fundamental evitar eleger candidatos com ficha suja ou imagem manchada por escândalos, e aqueles comprometidos apenas consigo mesmos e com quem financia suas campanhas.

Pode não ser fácil, mas é possível encontrar candidatos que queiram o melhor para o povo brasileiro, que trabalhem para aumentar o emprego e melhorar as condições de segurança, moradia, saúde, educação e transporte. Pesquisar em sites que mostram a história e as propostas dos políticos pode trazer informações importantes para nos ajudar a escolher melhor. Não existe um caminho fácil ou curto, mas a escolha correta dos nossos representantes é essencial para uma reforma profunda na nossa legislação. Isso depende exclusivamente de nós e dos legisladores que elegemos. Eles podem mudar as leis, mas nós podemos mudar quem está no poder.

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