Mensagem aos Três Poderes
Ouvimos muito que os três poderes da República devem ter uma relação harmônica e pacífica. Esse é o mínimo que se espera de uma democracia e daqueles que devem ser exemplo de respeito à Constituição e de manutenção do estado democrático de direito. Infelizmente, estamos longe disso. Apesar de vivermos sob um regime presidencialista, nem sempre as promessas de campanha do presidente eleito conseguem ser implementadas. Muitos dos seus adversários políticos fazem o que podem para travar seu plano de governo, ignorando a vontade do povo que elegeu o presidente. Isso é vergonhoso.
Nossas leis são precárias e a maioria dos parlamentares não se interessa em mudanças. Quando fazem, pensam primeiramente em si mesmos, não no que seria bom para o Brasil. Exemplos disso são o fundo eleitoral, o fundo partidário, as mordomias, as verbas exorbitantes, o foro privilegiado e muito mais. Para conseguir apoio dos parlamentares, muito dinheiro tem que ser distribuído, e mesmo assim, o progresso é difícil. A maioria dos deputados está no Congresso graças aos “puxadores de votos”, candidatos que tiveram uma votação expressiva e arrastam consigo aqueles com votação medíocre, graças ao quociente eleitoral. Isso é uma aberração, e esses deputados não representam a vontade do povo.
Temos muitos erros e injustiças em nosso país, inclusive no Poder Judiciário. Há inversão de ordem de julgamentos, anulação de penas e condenados, interferência em instâncias, libertação de traficantes perigosos e até a proibição da polícia de combater o crime em favelas. Por outro lado, assistimos impavidamente a uma crescente penalização e perseguição a quem se expressa de maneira contrária aos interesses particulares de certos poderes. Isso não é censura? Estamos em Cuba ou na Coreia do Norte?
O chefe do Executivo, por sua vez, não mede palavras quando fala com seu estilo ríspido e agressivo, provocando atritos constantes com os outros dois poderes. A relação com o Congresso e com o Supremo não é um exemplo de cordialidade e respeito. Algumas de suas decisões, como a indicação do atual procurador-geral da República, não parecem ter sido felizes, pois ele parece conduzir a PGR como se não quisesse combater a corrupção, um verdadeiro câncer no nosso país. O sistema de freios e contrapesos é fundamental numa democracia. Sem isso, o resultado pode ser uma ditadura disfarçada, seja ela de toga e terno e gravata ou de uniforme verde-oliva.
Chega de oligarquia política, chega de ativismo judicial, chega de ameaças vazias. Não é isso que queremos. Queremos paz, ordem e progresso. Esqueçam as vaidades e os interesses particulares e trabalhem pelo bem do Brasil. Enquanto isso não acontecer, a nação seguirá sofrendo e, lá fora, continuaremos sendo chamados, com toda razão, de República de Bananas.
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